O filme brasileiro "Ainda Estou Aqui" está fazendo história. Nesta quinta-feira (23) conquistou uma indicação inédita no Oscar 2025 na categoria principal de Melhor Filme e também foi indicado nas categorias de Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz, com Fernanda Torres. O longa conta a história da família do ex-deputado e engenheiro santista, Rubens Paiva, que foi morto durante a Ditadura Militar.
Rubens Paiva nasceu em Santos, em 26 de dezembro de 1929, e estudou em um dos colégios mais conceituados da época, o Santista, morando por alguns anos no bairro Boqueirão. Ainda na Baixada Santista, Rubens, Eunice e os filhos do casal moraram em São Vicente.
Antes de embarcar totalmente na política, Rubens era empresário na construção civil e fundou a S.A Paiva Construtora. Em 1961, ainda no governo Juscelino Kubitschek, deu início a construção de dois edíficios em Santos.
O edifício Porto Fino fica na esquina das avenidas Pinheiro Machado e Presidente Wilson, no bairro Pompéia.
Paiva foi o responsável técnico pela construção do Edifício Porto Fino, de 17 andares, na esquina das avenidas Presidente Wilson e Pinheiro Machado (canal 1), no bairro Pompeia.
O engenheiro também assina a construção do Condomínio Porto Velho Porto Novo, com 17 pavimentos, na esquina da avenida Vicente de Carvalho e a rua Quintino Bocaiúva, no bairro Gonzaga.
Homenagem com nome em terminal rodoviário
Em junho de 1992 o santista Rubens Paiva foi homenageado com o nome imortalizado no terminal de ônibus no bairro Valongo. A então prefeita, Telma de Souza (PT), foi responsável pela nomeação e durante a inauguração contou com a presença da família do ex-deputado. O governo brasilero ainda não havia reconhecido a morte de Paiva pela Ditadura. O equipamento possibilitou a integração das linhas de ônibus municipais.
Ainda Estou Aqui
Na trama dirigida por de Walter Salles, Rubens (Selton Mello) e Eunice (vivida na versão jovem por Fernanda Torres e intepretada por Fernanda Montenegro na atualidade) vivem com os seus filhos no Rio de Janeiro, durante a década de 1970.
A história se concentra nos momentos de tensão vividos na Ditadura Militar e aborda a vida da mulher após o sumiço do marido em meio à repressão do regime. O filme está disponível nos cinemas.