NM Srakane representava perigo à navegação do completo portuário de Santos
Divulgação/Capitania dos Portos de São Paulo
NM Srakane representava perigo à navegação do completo portuário de Santos


Um navio abandonado no porto de Santos há quase cinco anos foi transferido para uma área de menor risco para a embarcação e também as operações portuárias. A transferência do casco do NM Srakane foi realizada nesta quinta-feira (13) com ajuda dos profissionais da Marinha do Brasil, da Praticagem de São Paulo e da Autoridade Portuária de Santos (APS).

A embarcação estava inoperante desde a atração no cais santista, em outubro de 2020. Com bandeira do Panamá, o navio está impossibilitado de navegar devido a estrutura comprometida, deficiência de maquinário e sem tripulação. Ele chegou ao complexo portuário devido a um acordo firmado com o estaleiro da Wilson Sons, que abrigava a embarcação nas adjacências da empresa que fica na margem esquerda do Porto, na cidade de Guarujá.

A Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) explicou, em nota enviada ao Portal iG, que a movimentação do NM Srakane seguiu um planejamento iniciado em outubro de 2024, e foi executada por uma empresa especializada em salvamento marítimo, após cumprir todos os requisitos previstos na NORMAM-204/DPC.

"As condições de amarração no atual ponto de atracação atingiram um elevado grau de desgaste, tornando iminente o risco de ruptura das estruturas que mantinham o navio amarrado", afirmou a empresa proprietária do navio, Vintage Trading SRO, as autoridades para que pudessem fazer a transferência para outro local e garantir a segurança da navegação e operação segura do Porto de Santos.

O navio NM Srakane foi levado para o interior do estuário de Santos, onde ficará amarrado sem trazer riscos à navegação ou ambiental.

Tripulantes foram repatriados após falta de pagamento em 2020

Segundo a Secretaria de Justiça e Cidadania do Governo de São Paulo, 16 trabalhadores estrangeiros, nacionais da Ucrânia, Croácia e Montenegro, passaram meses a bordo do NM Srakane sem receber pagamento no ano em que a embarcação foi abandonada. Após uma série de problemas e contratempos sofridos pela tripulação em águas brasileiras, na baía de São Sebastião, no litoral norte do Estado, os europeus foram repatriados para suas casas, com os meses de salários atrasados pagos, além de passagens, traslado, atendimento médico, hospedagem e alimentação.


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