Prefeitura no litoral de SP combate mosquito da dengue com peixes

Conhecidos popularmente como barrigudinhos, os peixes se alimentam predominantemente de larvas, incluindo as do mosquito Aedes Aegypti

'Barriguidinhos' se alimentam predominantemente de larvas, incluindo as do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika
Foto: Divulgação
'Barriguidinhos' se alimentam predominantemente de larvas, incluindo as do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika


A Prefeitura de Guarujá está usando uma estratégia diferente e simples para eliminar as larvas do mosquito Aedes aegypti,  transmissor da dengue, chikungunya e zika. Peixes predadores, da espécie Poecilia Reticulata, popularmente conhecidos como “barrigudinhos”, estão sendo distribuídos em pontos estratégicos.

A espécie se alimenta, predominantemente, de larvas dos mosquitos. Segundo a administração municipal, os peixes são despejados em locais com grande acúmulo de água, como piscinas abandonadas, obras e poços de elevadores. Os Barrigudinhos podem atingir até 3,5cm de tamanhp, e por serem bem pequenos, conseguem se movimentar em locais estreitos devido à vegetação ou ao acúmulo de lixo, além de se reproduzirem rapidamente. Até o momento a cidade registrou 62 casos de dengue. 

Os animais foram espalhados em em 124 pontos da cidade e estão sendo monitorados por agentes da equipe de Combate e Controle às Endemias, vinculada à Secretaria de Saúde (Sesau). Os funcionários realizam a retirada da espécie em diversos córregos e canais, os tratam em um viveiro, até serem destinados aos pontos estratégicos.

Antes da destinação, a equipe vistoria cada local denunciado. Em piscinas abandonadas em propriedades privadas, por exemplo, os agentes contam com uma estratégia eficiente. “Colocamos os peixinhos em uma garrafa com água e pequenas pedras, e damos um jeito para essa garrafa chegar até a piscina por cima do muro”, contou Ana Lúcia Gama, gerente de Combate e Controle às Endemias.

A espécie também se adapta bem a diferentes ambientes aquáticos, como lagos, córregos e reservatórios de água. “Essa abordagem reforça a importância do controle biológico, diminuindo a necessidade do uso de substâncias químicas, como inseticidas, e contribuindo para o equilíbrio ecológico”, explicou Ana Lúcia.

Peixes estão sendo deixados em locais estratégicos
Foto: Divugalgação
Peixes estão sendo deixados em locais estratégicos