O calázio e hordéolo podem parecer semelhantes para população, mas a oftalmologista Adriana Toni Milanez explica quais são as diferenças entre a inflamação e a infecção e e ressalta importância de cuidados.
O hordéolo é uma infecção bacteriana aguda na pálpebra, conhecido popularmente como “terçol”. Essa é uma condição comum na rotina oftalmológica, pois o paciente geralmente apresenta dor e vermelhidão localizada na pálpebra. O hordéolo é limitado e geralmente dura uma a duas semanas com o tratamento correto.
Já o calázio é um lipogranuloma crônico, causado pela inflamação de uma glândula meibomiana. É uma lesão tipicamente benigna e autolimitada. O calázio pode surgir como uma consequência de um hordéolo que não foi totalmente curado. A infecção é resolvida, a dor some porém, a glândula se mantém obstruída. “O hordéolo vira um cisto que se torna crônico”, explica a médica.
A principal causa do calázio é a blefarite, condição em que há inflamação das margens das pálpebras. O diagnóstico é clínico, no qual observa-se irritação e formação de crostas e descamação nos cílios, o que pode provocar também a síndrome do olho seco. A médica explica que em muitas situações o calázio some sozinho, porém se a bolinha não desaparecer, mesmo após tratamento com pomada e colírios, existem outras soluções.
“Alguns casos demandam uma drenagem cirúrgica. A cirurgia é realizada em centro cirúrgico, com anestesia local e leva cerca de 5 a 10 minutos. Em alguns casos a cirurgia pode ser feita pela parte interna da pálpebra, não deixando cicatriz, porém a consulta e avaliação adequada de cada caso é fundamental”, explica a médica.