Programa deve ser iniciado em até dois meses
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Programa deve ser iniciado em até dois meses


A Prefeitura de Praia Grande lançou o programa “Olhar Atento”, um importante passo para ampliar e melhorar o atendimento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na Cidade. O projeto será completo e vai trabalhar tanto na identificação, diagnóstico, emissões de laudos, até no atendimento as terapias necessárias.

O objetivo central do programa é estruturar, organizar e qualificar a linha de cuidado para o diagnóstico precoce do TEA. Para isso, a Secretaria de Saúde vai reduzir o tempo de espera para consultas e diagnósticos; fortalecer a atenção básica e capacitar profissionais; rever os fluxos de atendimento e acompanhamento; promover a integração de ações de saúde, educação e assistência social; oferecer intervenções precoces e personalizadas para os pacientes; e monitorar e ajustar constantemente as ações do programa.

A Secretaria de Saúde anunciará o cronograma e protocolo de capacitação, assim como o protocolo para início dos atendimentos. A previsão é que o programa esteja funcionando em até dois meses, com envolvimento de uma equipe multidisciplinar especializada, com Pediatra, Neuropediatra, Fonoaudiólogo, Terapeuta Ocupacional, psiquiatra infantil, psicólogo, Pedagogo e Fisioterapeuta.

Em uma das etapas, o programa contará com capacitações para profissionais da saúde – da Atenção Básica e da equipe de Triagem TEA, além de gestantes, puérperas, pais e profissionais de educação. Com a suspeita ou identificação de comportamentos atípicos, as crianças serão encaminhadas para assistência necessária na rede de saúde.

O secretário de Saúde, José Isaías, destacou que dentro dos próximos 60 dias o programa já estará capacitando a equipe técnica, os médicos pediatras e de atenção primaria. “Recebemos a Ordem de Serviço para esse programa e fomos estudar a melhor estratégia para implantação. Planejamos e saímos com a proposta de organizar e levar qualidade assistencial às pessoas com TEA e suas famílias”.

A porta de entrada para o programa será a Usafa, que encaminhará os casos com suspeita de TEA para triagem do pediatra. Após essa avaliação, as crianças passarão pelo exame do neurodesenvolvimento infantil e consulta com neurologista pediatra TEA. A partir do diagnostico, os mesmos serão encaminhados para a equipe multidisciplinar ou para a equipe de suporte a família TEA.

Para o médico, Gustavo Muniz, esta é uma iniciativa inovadora no poder público. “Não se tem um programa público focado na prevenção e orientação, que integra educação e saúde no desenvolvimento das pessoas com TEA. Sabemos que não é possível uma prevenção, mas temos provas cientificas de que a intervenção precoce é de extrema importância, e ter políticas públicas como esta é essencial, tanto na observação e análise, quanto na realização de exames para o diagnóstico. Para isso, este projeto deve contar com um exército de pessoas treinadas para um diagnóstico preciso”.

O médico e coordenador do Comitê Técnico Cientifico da Prefeitura, Eduardo Yabuta, destacou: “Praia Grande já é referência no Programa Saúde da Família, um trabalho de saúde básica desenvolvido ao longo de quase 30 anos. E agora, essa capacitação da rede e interface entre os profissionais deste programa vai fazer toda a diferença para agilizar o diagnóstico e garantir o sucesso no tratamento”.

Já o secretário-adjunto de Atenção Especializada e Vigilância em Saúde, Valmir Perez Junior, responsável pela apresentação dos protocolos do programa, destacou o trabalho a ser realizado pela equipe de suporte TEA, que vai fazer a interface entre as Secretarias de Saúde, Educação, Assistência Social e Transporte para garantir o acesso da família a todos os benefícios sociais que os pacientes tenham direito”, mencionou.

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